O que há de diferente no breu da arca voadora?
A princípio não seria essa a pergunta
Mas a leveza com que a mão conduz as palavras
Para rabiscar um quadro em branco
Faz parecer moldura única
Como descrever aquilo que não está diante de um espelho?
Como cantar uma música sem a letra de uma frenesi dejá vù de palavras?
Como lidar com o novo que é o velho que se renova ou...
Como se lapidar a alma?
O que há de mais azul no céu de hoje
Não explica por que as nuvens tentam escondê-lo
Dos olhos de um apaixonado
E, no entanto, são os olhos do discreto observador que traz a tona a agressividade da verdade
E quanta poesia pra relatar um simples nimbo
De emoções...
De sentimentos e delírios...
De boemia de um bobo vaga-lume
A valsar perigosamente atrás de uma vampe
O que há de diferente no bréu da arca voadora
Se traduz no canto lírico da paixão,
Naquilo que se esconde do espelho sempre vigiado por um discreto obserador,
Que, apesar do dejá vù de palavras, sempre forma o novo que é o velho que se renova numa próxima estação dos mesmos sentimentos
Pois, afinal, é assim que se lapida a alma
Simplesmente, com o amor.
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