Liberdade de Expressão?

"O que constituiria a nossa liberdade de expressão? Escrever sobre o que vemos ou sobre o que sentimos? Uma coisa é certa: as palavras nem sempre significam o que queremos que elas signifiquem."

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Um grito: Gritar!

Um grito soa aos meu ouvidos
Na verdade, estoura-os
Tento saber de onde ou de quem veio
Mas não consigo encontrar a direção

Sinto tudo calmo agora
Quem sente vontade de gritar
Sou eu

Meu corpo delirou e minha mente...
Ah! Minha mente... Sinto falta de poder dominá-la
Não posso comandar minha voz
E sou eu quem quer gritar

Essa frágil e delicada melodia 
Conforta meus sentimentos
Viciados à mesma rotina

Te amar é meu grito
Abstrair e concretizar é meu grito
Caminhar pro lado errado
E gritar é meu grito

Como posso dizer o que não sei
Como posso estourar os teus ouvidos
Ou dominar tua linguagem 
Gritar!

Do que são feitos os teus escárnios?
Como se chega a perfeição?
Oh, frágil e delicada melodia
Que aqui sinto no coração 
Ensina-me esse teu grito disfarçado

Acho-te preso na gaveto
Jogado no meu bolso
E Tirado da garganta alheia

Como podes fazer medo a teu companheiro?
Por que privas a ti e a ele de uma liberdade essencial?
Voas e procuras o bando a que pertence
Pois esse grito que tu és já não cabe mais aqui.

Uma coisa

          Às vezes. Não. Sempre eu me pergunto incondicionalmente o que exatamente é o amor. O amor, em sua essência, não o amor paterno ou materno. Mas o amor princípio, aquele que constrói todos os outros amores. Aquele que existe na relação que forma a família. Repito e insisto: o que é o amor?
          Não posso insistir em dizer que o amor é o verbo e ação amar. Lembre, quero o amor em sua essência. Pois bem. Se me pergunto sobre isso preciso responder a isso, mesmo que me enganando e, talvez, te enganando.
          O essencial amor é a coisa intrigante e fascinante que não possui definição própria se não houver eu ou você para ele se impregnar. Ele é um parasita que causa efeitos incondicionalmente paradoxos, os quais levam a outros efeitos ainda mais intrigantes. Os primeiros agem no auge das emoções, estes segundos no todo das emoções que é a personalidade.
          Por este lado, o amor é a coisa mais grandiosa e preciosa desse misticismo que ronda a alma e o coração humano. E por aquele lado, o amor é o fogo que queima impiedosamente o coração que ousou se permitir senti-lo. E se permite ou consente? Que parasita! Que imperfeição mais perfeita! Basta olhar aquele coirpo parado te observando fazer e deveras massacrar o cotidiano para tomar tal posição e perceber: que estupidez, estou amando. E não importa a medida, é apenas a coisa  te fazendo perceber que o olhar, o abraço, o sorriso e até mesmo o falso sorriso, o fingimento sobre a comida, as brigas incluindo as mais sérias e todo o sexo hot; te fazendo perceber que a definição própria do amor é uma variável incógnita em que você é o X, o Y ou o Z a ser resolvido.
          O que é o amor? Sinceramente, eu ainda não sei.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Lata

Me fale sobre o vago ou sobre a xícara
Conte-me tudo ou nada
Esvazie a lata
Não faça nada no vago ou na xícara
E continue a falar e falar...

Descubra o fundo da lata
E ache o abismo das coisas velhas
Ache meu coração
Meu "fodido" coração

Termine e recomece do fim
Pulse, pulse
O cheiro da xícara incomoda o vago
Tampe a lata e deixe pulsar

Não pense, nunca pense
No vago, na xícara, no abismo
E deixa fluir e cair...
Na lata

Amasse meu coração como um papel
E esvazie a lata
Deixe-o pulsar e pulsar...
Sentir o cheiro das coisas velhas
Que um dia foi você

Sirva café na xícara
E depois quebre-a
Jogue na lata
E no abismo, o pedaço que você beijou

Não chore... Não pense...
Pulse, pulse
Apenas compre outra xícara
Um outro coração
E recomece do fim ou do vago

E no fim 
Não quebre a xícara
Não sirva o café
Não descubra a lata
Apenas comece e pense...

Não ame.
Não me ame.