Liberdade de Expressão?

"O que constituiria a nossa liberdade de expressão? Escrever sobre o que vemos ou sobre o que sentimos? Uma coisa é certa: as palavras nem sempre significam o que queremos que elas signifiquem."

terça-feira, 4 de setembro de 2012

[sem] Máscaras, [sem] Escudos e [sem] Disfarces

Hoje ouvi o canto de um cisne
E o vi bailar pelo lago de quimeras
Suas asas levantadas faziam pose para um close
O pescoço erguido mostrava seu orgulho capaz de seu ego
Mas, seus olhos...
...Seus olhos tinham a essência de um disfarçe, um leque de máscaras
Como escudos.
O encanto de suas asas estava no oposto
E deste lado, parecia meu espelho emprestado
Baila, baila....
Encanta a platéia, engana a platéia
O teu canto, um espetáculo!
Mas desse canto, eu via os olhos pesarem
Agora desarmado, se entregando a própria sombra
Tão frágil, tão impotente... Tão!
Ah, que se fizesse da solidão o amor
Este muro cairia e ele veria novamente o seu lar
E bailaria, bailaria...
Sem máscaras, sem escudos, sem disfarces
Sem o meu canto.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Vinho da Morte

Eu posso ver meus pés se enterrarem na areia
Com o peso de todo o meu corpo
O frio sobe pelas minhas pernas e pára sobre os meus ombros
E me sinto leve ao ouvir um sussurrar
Minha cabeça cheia de heroína

Eu estou tentando brincar com as palavras
Na pior forma de expressar o que sinto
Mas só reconheço o desconhecido
Algo que entala na garganta e aperta o coração

Parecem mãos geladas
Cobertas de sangue e de amor pelo meu último suspiro
Querendo meu vinho

E tudo o que preciso é de uma identidade
Do autor da minha morte
Para conhecê-lo, estudá-lo e me apaixonar
Pelo sabor cuspido do vermelho

Acredito que o peso do meu coração
Suas mãos conseguem suportar sem esforço
Pois só você o conhece como eu o ignoro

E já não sei distinguir quem o envenena
Com esse vinho da morte
Se eu ou essa carnificina melada

Ahrrr...