A essência do que é a vida, singularmente, efêmera. Como descrever e até mesmo analisar. Tudo que está nesse balde fundo e molhado não consegue se secar nem mesmo exposto ao sol. Por que será? Você não está entendendo, talvez, nem eu mesmo. Nós nunca entenderemos. Pois, bem.
Fecha-se as cortinas e sobra os móveis cobertos de escuridão, a televisão clareia tudo com sua luz artificial, mas, ainda assim os móveis estão cobertos, senão de escuridão, mas de poeira ou de brilho. Esta seria a vida? Talvez, num abraço pela manhã em quem você ama faça-o descobrir qual a singularidade que a vida traz. Mas, e quem não está perto de quem ama? E se a vida tiver singularidade relativa?
Efêmera, uma singularidade da vida que não é relativa. Para todos, até mesmo para os vilões e heróis de gibis, a vida é dotada de uma efemeridade que, talvez, seja essa a causa de ingressar numa religião cristã. Ou melhor, a esperança de uma vida que não seja efêmera. Se ela existe? Não sei.
Os passos que você ousa andar, os caminhos que você ousa desafiar e o ócio que você ousa ter. Todos eles são efêmeros. Eu, você e o mundo.
A efemeridade é o auge que a vida atinge e a vida é a beleza que a efemeridade toca. O mundo é a efemeridade que o ser humano acelera e destrói.
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